Quando Ludwig Van Beethoven morava em uma pensão na Alemanha, um grande amigo seu faleceu e sua surdez estava se agravando de forma que o atrapalhava a compor suas músicas. Sua depressão era tanta que passava dias sem sair de seu apartamento e não falava com ninguém. Do lado de fora se ouvia apenas acordes sem nexo e notas que não combinavam juntas. Um dia, quando observava o luar do lado de fora da pensão, talvez a única coisa bonita o suficiente para acalmá-lo, reparou em uma senhora que chorava ali perto. A senhora morava na mesma pensão e era bem velha. Beethoven foi perguntar por que ela chorava, e ela não respondeu. Ele então contou todos os seus problemas para a velha com esperança de que ele, vendo os problemas dele, admitisse que sua vida não era tão ruim assim, Porém, não adiantou. A senhora disse que Beethoven deveria ser muito feliz, por que ele era capaz de ver o luar, diferente dela, que era cega. E ele concordou, já que o luar lhe trazia a inspiração. Na mesma noite, Beethoven teve uma ideia, ele iria compor uma música que passasse para ela a mesma melancolia e a mesma paz que se sente quando se admira o luar. Naquela noite foi composta a Sonata Op. 27 n. 2, que foi apresentada para a velha na noite seguinte. Naquela noite a velha senhora chorou novamente, mas desta vez de alegria, pois agora podia sentir o luar com seus ouvidos. Desde então, a velha nunca mais chorou e Sonata ao Luar ganhou o devido respeito por espantar a tristeza e trazer a paz que mesmo a mera visão do luar é capaz de trazer. A alegria da velha após ter ouvido a música foi tão contagiante, que inspirou Beethoven a compor o seu famoso Hino à alegria.

|
This entry was posted on 22:28 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.

0 comentários: