Quando Ludwig Van Beethoven morava em uma pensão na Alemanha, um grande amigo seu faleceu e sua surdez estava se agravando de forma que o atrapalhava a compor suas músicas. Sua depressão era tanta que passava dias sem sair de seu apartamento e não falava com ninguém. Do lado de fora se ouvia apenas acordes sem nexo e notas que não combinavam juntas. Um dia, quando observava o luar do lado de fora da pensão, talvez a única coisa bonita o suficiente para acalmá-lo, reparou em uma senhora que chorava ali perto. A senhora morava na mesma pensão e era bem velha. Beethoven foi perguntar por que ela chorava, e ela não respondeu. Ele então contou todos os seus problemas para a velha com esperança de que ele, vendo os problemas dele, admitisse que sua vida não era tão ruim assim, Porém, não adiantou. A senhora disse que Beethoven deveria ser muito feliz, por que ele era capaz de ver o luar, diferente dela, que era cega. E ele concordou, já que o luar lhe trazia a inspiração. Na mesma noite, Beethoven teve uma ideia, ele iria compor uma música que passasse para ela a mesma melancolia e a mesma paz que se sente quando se admira o luar. Naquela noite foi composta a Sonata Op. 27 n. 2, que foi apresentada para a velha na noite seguinte. Naquela noite a velha senhora chorou novamente, mas desta vez de alegria, pois agora podia sentir o luar com seus ouvidos. Desde então, a velha nunca mais chorou e Sonata ao Luar ganhou o devido respeito por espantar a tristeza e trazer a paz que mesmo a mera visão do luar é capaz de trazer. A alegria da velha após ter ouvido a música foi tão contagiante, que inspirou Beethoven a compor o seu famoso Hino à alegria.

Momentos
21:42 | Author: Landon
Nada pior que a dor de uma rejeição. Não pelo fato de não ser querido, ou por não ser desejado, mas pelo fato de que nada daquilo parece definitivo e quando você vê, tudo aquilo que você acreditava e pelo que você lutava, agora parecem inúteis diante do vazio que se formou no lugar onde antes havia uma esperança.
Um movimento preciso é o suficiente para definir o que será lembrado de você pelos outros. Quando o movimento se dá em um momento ruim, sobrará uma imagem ruim. O momento é importante, tanto pra você quanto pra pessoa em vista. Se o momento é ruim para você, você se ente desconfortável eternamente com o resultado, por mais que tenha sido positivo. Agora, quando o momento é ruim para a outra pessoa, pode ser que nada de certo e tudo venha a baixo. não por que aquela pessoa não estivesse interessada, mas por que naquele momento o sentimento necessário estava de lado em um momento de espera para dar lugar a outro pensamento que fosse mais importante naquela hora. O problema disso, é que é quase impossível desfazer o que foi feito. Por exemplo, imagina-se que se o sentimento existe dentro da pessoa, há uma esperança para o relacionamento, porém, quando um momento errado desses acontece, o sentimento fica bloqueado, por que não se sabe o estrago que esse momento errado causou no outro, e se o estrago for muito grande, mostrar o sentimento com esse atraso, pode ser extremamente perigoso para ambos, pois pode acabar com qualquer vínculo que ainda exista entre os dois.
Mas como saber quando é o momento certo? Não há como, aliás, não há sequer como saber que o sentimento é correspondido antes do momento. Por isso, relacionamento é pior que qualquer jogo de azar, pois no relacionamento não se pode contar nem com a probabilidade e as estatísticas para ajudar. As chances de existir um momento perfeito para os dois são quase tão altas quanto as chances de uma pessoa viver 100 anos de jamais beber um único copo de água.
A experiência não significa conhecimento, pois em áreas como essas, de nada vale o conhecimento. mas funcionam como as cicatrizes, que são nada menos que uma camada de pele grossa que surge por cima de uma ferida para proteger e evitar que aquele lugar de machuque novamente.
Algumas feridas jamais cicatrizam, algumas matam e outras nem se sente. O fato é que não se pode saber que tipo de ferida vai surgir por causa de um momento mal escolhido.